terça-feira, 30 de julho de 2013

Diana 6, Jamie 9

Fui ver Diana Krall e Jamie Cullum na semana passada.
Diana Krall deu um bom espetáculo, intimista apesar de ser ao ar livre, num local lindíssimo. Foi curto, não houve muitos êxitos e não foi tecnicamente brilhante. Faz-se acompanhar por músicos fantásticos e, ao que parece, desta fez estabeleceu maior proximidade com o público do que é habitual.
Jamie Cullum deu um dos melhores concertos a que já assisti. Contudo, o local não foi o melhor. Longe de estar cheio, o som não foi perfeito em algumas zonas. Praticamente sem parar, deu 2h de espetáculo, conseguindo contagiar um público que ao início parecia apagado. Tem uma excelente voz e capacidade musical. E fez uma intervenção fantástica sobre Portugal e a sua passagem por cá.
Adorei!

Não há melhor terapia...

... Que um grupo de amigos à volta de uma mesa!
Acho que era esta a frase que há uns dias vi no mural do FB de alguém e à qual fiz like.
Na quinta passada percebi isso mesmo. Tinha tido um dia horrível, com a chefe em stress e a criticar e a mandar alterar tudo numa apresentação uma hora antes do meu jantar de raparigas giras. Apesar de gira (porque de manhã percebi que ia do trabalho para o jantar sem passar em casa), sentia-me um caco e quando liguei a uma delas a dizer que não sabia se chegava a horas e ela me disse "vê lá, se estás muito aflita combinamos para outro dia", juro que tive de lutar contra mim mesma para evitar aceitar essa opção. Mas não queria voltar a adiar a oportunidade e ser a "cortes", mais uma vez. Disse a mim mesma que o melhor era mesmo sair dali e deixar para o dia seguinte, mesmo que a minha chefe pensasse o contrário.
Ainda que dividida, saí a tempo do meu jantar. Long story short, tivemos um jantar óptimo e passamos um bom bocado.
Na manhã seguinte, levantei-me cedo para me dedicar à apresentação. Estava cansada, mas moralmente restabelecida e confiante de que tudo iria correr bem nesse dia. Mesmo com o horóscopo das 4 mulheres do meu gabinete a apostar que nos iríamos comer vivas nesse dia!
Correu bem! No final do dia percebi porquê. Apesar do stress, eu mantive a descontração da noite anterior, relativizei e soube em cada minuto que se algo corresse mal, eu teria com quem desabafar.
É este o poder da amizade à volta de uma mesa!
Estou mesmo orgulhosa de mim mesma! :)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Perdão divino

Hoje assisti a uma missa de corpo presente.Há um ano que não assistia a uma missa.
Há um ano criei em mim um sentimento negativo em relação à igreja e afastei-me. Condenei o facto de alguém que me magoou e traiu a minha confiança ter sido tão facilmente aceite pelos homens da igreja. Ao mesmo tempo, senti-me pouco digna por não conseguir dar a outra face e perdoar assim.
Hoje voltei a sentir tudo isto e senti vontade de perdoar e voltar a falar com a pessoa. Seria humilhante, seria dar-lhe uma vitória ou libertá-lo de um peso e ele não é merecedor. Seria perder mais que ganhar, pois não tenho muito a ganhar com esta pessoa a não ser a tranquilidade de ser capaz de perdoar. Jesus Cristo certamente perdoaria e aceitaria a sua amizade, mostrando a sua superioridade de carácter e o seu amor. Mas eu sou pecadora. Não consigo.
Contudo senti vontade de voltar a deixar entrar Deus na minha vida e confiar-lhe o meu caminho.
Tenho tantas pedras à minha frente... E esta missa foi tão reconfortante....

domingo, 21 de julho de 2013

Mãe e filha

Todas as guerras e discussões, todos os choros e os perdões, todos os momentos de distância e de aproximação se tornam peças basilares da cumplicidade entre uma mãe e uma filha, quando juntas decidem estar e tratar-se como duas adultas. O universo conspira para que esse momento seja único, de uma partilha honesta, humilde e bela.

sábado, 20 de julho de 2013

Miúda

Tipicamente, quando passamos uns dias na terra que nos viu crescer, encontramos sempre alguém que nos recorda que o tempo passa e que deixa marcas. Este fim de semana não foi exceção.
O primeiro momento estranho do dia foi entrar num posto de gasolina a que raramente ia e ser servida por uma rapariga da minha idade cujas feições não me eram estranhas, mas que o tempo endurecera. Olhei para o dístico que trazia ao peito e percebi quem era e que tínhamos andado no mesmo ciclo preparatório. Na altura ela não me tratava nada bem e dava-se com os rebeldes da escola. Agora ali estava na caixa de um posto de abastecimento, simpática (não se deve ter lembrado de mim), com uma menina linda de uns 3 ou 4 anos, com traços muito semelhantes, a brincar sossegada junto a si. Senti-me uma miúda!
Segundo momento do dia foi encontrar a minha professora de piano no supermercado, após uns 6 ou 7 anos sem nos vermos. Depois de uns momentos de conversa ela olha para mim e diz-me "tens o mesmo ar de menina"! Ora, isto no topo dos meus 28 anos só pode ser bom ( que Deus me conserve assim), mas mais uma vez fiquei com a sensação de ainda ser uma miúda.
Terceiro momento, encontrar o meu vizinho pouco mais velho que eu e com quem eu andava de bicicleta na meninice e ver que está um homem, trabalha na Bélgica, tem uma filha de 2 ou 3 anos e fala em casar. Enfim, senti-me a miúda do tempo da bicicleta, embora ele me perguntasse por onde já tinha andado nessa Europa e se já mandava no banco.
Como se não bastasse tudo isto, no FB vejo que um grupo de amigas da faculdade se reuniu numa animada noite no Urban, onde estive pela a última vez em 2009. Todas solteiras, em diversão! Faltavam lá as casadas e à espera de filhos. E eu, embora solteira!
Sem dúvida, uma miúda!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Há qualquer coisa...

Há qualquer coisa que eu quero, mas não sei definir. Há qualquer coisa que busco, mas não sei se estou no caminho certo para a encontrar. Há qualquer coisa que me faz falta, embora saiba que nunca a tive.
É preciso confiar no incerto. É preciso construir sem medo de falhar, sem receio de perder tempo. Porque a felicidade não deve ser o fim, mas o caminho!
Mas que fazer, quando parte de mim quer voar e a outra parte ainda não sabe que tem asas?

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Nem sempre é fácil começar...

... Pelo menos para mim.

Começar implica sempre uma reflexão sobre se é possível continuar e eu gosto de iniciar apenas os projetos que eu possa transformar em hábitos ou parte integrante da minha vida.

Em relação a este blogue, o problema está em dar início a um repositório de ideias, palavras e imagens que acabe por ficar esquecido no mundo dos bytes se a rotina diária se impuser. Ou então, o medo de começar algo que acabe por se tornar uma fonte de stress para mim, dada a minha mania pelo perfeccionismo. Sim porque eu já me conheço e, como diz a minha psicoterapeuta, não perco uma oportunidade de me autocriticar e de me autopunir.

Bom, depois de muito pensar, creio que não vem mal ao mundo fazer da blogosfera o meu "muro das lamentações" ou o canto das minhas memórias e das minhas observações.

Dou-lhe o nome do meu primeiro blogue para o honrar e continuar (modéstia à parte, havia bons textos nele) e porque, tal como no passado, este título acaba por me escudar... Estarei aqui às vezes, as vezes que forem possíveis ou necessárias para mim e só isso.