quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Não te desligues de mim...

Fecha portas, tranca malas, dificulta acessos...
O mistério não reina mais aqui...
Havia segredos a revelar e a confiança de que não os iria descobrir...
Agora faz o que quiseres para manter esse espaço teu... já não serve de nada... já não o quero... ele nunca seria meu...
Magoas-me? Sim... não nego... não escondo o que é óbvio aos teus olhos...
Percebo que me castigues... não te ajuda, mas percebo...
Tranquila não estou... talvez já nunca fique...
Faz o que quiseres... fecha portas, tranca malas, dificulta acessos... mas não me mintas... não finjas que não tens saudades minhas, que não te faz falta percorrer os dedos pelo teclado para me dizer que estás a pensar em mim...
Receio mordaz este de que não estejas mesmo a mentir e que o estejas a fazer sem ser para mim...
Fecha porta, tranca malas, dificulta acessos... podes fazê-lo, mas estás errado... não me devias excluir a mim.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sou fera ferida, no corpo, na alma e no coração

Já dizia a música... (os brasileiros fazem milagres com a nossa língua, ao espalhar tamanho charme e profundidade)...

Sou realmente fera ferida.
Um jovem padre dizia há umas semanas que o animal mais perigoso da selva é aquele que estiver ferido.
Não podia estar mais de acordo.

Acordar e constatar que a vida é real e dura, tentar sorrir e acreditar que o bem vai levar a melhor, olhar ao espelho e reconhecer as minhas qualidades e os meus defeitos e fazer as pazes comigo mesma, tomar um banho para limpar a transpiração de uma noite sofrida...
E então, abrir o armário e a gaveta da roupa interior, olhar para o conteúdo e começar a vestir "uma capa"... fatal, implacável, sedutora, indestrutível, que sabe o que quer e quem quer... mesmo que por dentro um medo aperte o coração e provoque um calafrio.

Ninguém irá perceber, ele não pode perceber...

Estás linda, forte, poderosa...

Toda a mulher é insegura, mas a insegurança não é sexy, não fascina, não desperta interesse e desejo. É preciso esconder, vestir a capa... e, ferida, caminhar.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pronto, fiz m€rd@...

A vida massacra uma vez e pensamos que aprendemos.
O problema é que quando nos magoam deixam nódoas negras difíceis de curar. E se a vida nos volta a massacrar, podemos gritar mais depressa e mais alto com as dores, sem pensar friamente no que está a acontecer.
Enfim, para erro igual em pessoas diferentes a reação pode ser diferente. Mas a reação a um momento fraqueza nosso nunca é boa... especialmente se acabamos por descobrir uma fraqueza da outra pessoa.
Quando se trai a confiança "ao mesmo tempo", os dois ficam absurdamente magoados. Seria lógico que curassem as feridas no amor, se ele existir.
Poderão voltar a confiar plenamente um no outro. Se não mudarem as atitudes e ações, então não.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Sim, finalmente, perdoei-te

Eu sabia que ia mudar... que me ia confrontar com problemas existenciais, mudanças de vontades, desafios inesperados.
Eu sabia que havia algo dentro de mim que ainda não estava (poderá nunca estar) consolidado, levando-me a estados de humor voláteis e por vezes incompreendidos.
Eu sabia que ainda me estava a testar, a conhecer, a descobrir e que o que afirmava serem certezas podiam ser apenas esperanças.
Sabia isto tudo e sabia que te queria a ti ao meu lado para todas estas conquistas individuais, numa maturação conjunta.
Quiseste tu que fosse a tua ausência e a tua maldade e a tua cobardia que abalassem mais os meus alicerces e que me obrigassem a conhecer-me mais rapidamente para me conseguir reerguer.  Que fossem outros a acompanhar-me. Que acabasse por te ficar grata por teres saído da minha vida.
É tão estranho o sentimento... sinto finalmente a libertação do perdão... a ti e a mim.
Sinto finalmente que eu teria sido feliz contigo porque seria sempre a dona da minha felicidade, construindo algo que só eu saberia o sentido. Ironicamente, é provável que nunca viesse a sentir vontade de te agradecer como sinto hoje.
Hoje percebo isso... começo a descobrir o que me faz feliz realmente e como é fundamental que alguém a meu lado queira a minha felicidade como parte da sua felicidade.
E agradeço-te... sim, perdoo-te... mas não te quero na minha vida... a tua felicidade ou infelicidade já nada diz à minha.